DIA DOS PROFESSORES.

No dia 15 último, em que os professores são homenageados, por mais uma vez, não pude cumprimentar pessoalmente, a saudosa professora Gina Andreta, como fiz por muitos anos. Dona Gina foi minha mestra da alfabetização, no primeiro ano da Escola Municipal Mista da Cidade Nova, que existiu até 1.958, em prédio que já foi vizinho, e hoje está incorporado ao Supermercado Pantoja, na rua 3 B. A querida professora, há anos, está morando na Mansão dos Justos.

É claro que, na data, lembrei-me de todos os professores que me ensinaram e me toleraram, e aos quais sou muito grato. Cumprimento a todos os professores em atividade. Abnegados trabalhadores, faço votos que o Todo Poderoso lhes reserve paciência, saúde e talento para seu mister, que disto muito exige.

Cumprimento também aos que em gozo de merecida aposentadoria — como me lembro dos falecidos — todos eles grandes heróis, e heroínas na maravilhosa missão de ensinar.

Dizem, que dos professores do Curso Primário, a lembrança é maior e mais forte. Acredito lembrar-me de todos os professores. Porém de Dona Gina a lembrança é superior. Não só pelas excelsas qualidades desta professora, como também alegria de ter sido seu aluno nos três primeiros anos do Curso Primário.

Não sei hoje as professoras acompanham a promoção dos alunos, mas o que foi feito na Escolinha me parece muito bom: educadora eficiente, conquanto severa, permitiu que seus alunos não se surpreendessem com outra que, por certo, não se igualaria a Dona Gina. Para quem tenho a honra de haver-lhe prestado meus serviços de advogado.

Após o ano letivo de 1.958, os alunos da Cidade Nova, da Vila Indaiá (casa de meus pais), e dos bairros vizinhos, passaram a frequentar o Grupo Escolar, que hoje é a Escola Estadual Professora Carolina Augusta Seraphim.

Nos últimos tempos tenho-me informado da triste situação da disciplina, especificamente nas Escolas Públicas, nas classes dos maiores, a mais exigir de sacrifício dos professores, neste particular.

Ouço ainda que, somando-se a esta última dificuldade, as vocações ao Magistério estão-se minguando também pelos baixos salários. O que é de entristecer. Já ouvi que os salários são baixos, porque muitos são os professores. O que não se justifica, a meu entender.

Com isto é de se indagar como vai a educação pública, com professores mal remunerados, à frente de alunos pouco disciplinados, e sem respeito à autoridade do Mestre. De quem reclamam por assédio, quando advertidos com alguma severidade.

Uns “cascudos” como recebi de Dona Gina – em poucas vezes, registro — nem pensar. É caso de polícia. Mas quando ela clamava por silêncio, ouvia-se o revoar dos mosquitos. Outros tempos. Passados felizmente, dirão alguns.

Entristece-me constatar, já no outono de minha vida, que além de mim, apenas um dos colegas do primeiro ano, na Escolinha de Dona Gina, chegou à Universidade, o professor Sérgio Desiderá, pelo que me consta. O que não seria relevante, se muitos não tivessem ficado no primário. A bem demonstrar que a educação pública, desde aqueles tempos, deixava a desejar.

Deus abençoe os professores, e tenha todos em sua guarda, sob a proteção de Santa Teresa D’Ávila, a padroeira.

OBSERVAÇÃO:  nesta próxima sexta-feira, às 10 horas, na Casa do Advogado e da Cidadania, dar-se-á mais uma reunião ordinária da Comissão Pela Volta dos Trens de Passageiros, da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, subseção local. Está prevista a participação, como convidados, do Representante da RUMO Logística (Marcelo Rodrigues), do Secretário Municipal de Segurança (José Gustavo Viégas Carneiro), e do Secretário Municipal da Mobilidade Urbana (Paulo Rogério Paulon). Espera-se evolução nas tratativas quanto aos horários em que as manobras ferroviárias sejam interrompidas nas passagens de nível locais (avenida 8, 7 e 13).

O autor é Advogado militante na

Comarca de Rio Claro (OAB/SP 25.686) e

Desembargador Aposentado (TJ/SP).

E-MAIL: oliveiraprado@aasp.org.br

www.oliveirapradoadvogados.com.br

Publicado em 19/10/2023,  Jornal Cidade (Rio Claro/SP), Página 02.

 

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